A Defron (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira) com apoio do GOE de São Paulo, deflagrou nesta quarta-feira (19/2), a operação "Psicultrópicos" para combater o tráfico de drogas. Quatro pessoas foram presas preventivamente, sendo uma em Dourados e outras três no município paulista de Batatais.
A investigação, que durou mais de seis meses, teve início com o desmantelamento de um entreposto de drogas em Dourados no ano passado. Na ocasião, os policiais localizaram 277 quilos de maconha escondidos em um barracão, junto a diversos sacos de ração para peixes, além de materiais usados para embalar e disfarçar os entorpecentes, como plástico filme e graxa — esta última utilizada para dificultar a detecção por cães farejadores.
No decorrer dos trabalhos, outro importante desdobramento ocorreu no âmbito da operação "Protetor", que apreendeu mais de 3.280 toneladas de maconha também em Dourados. Durante a ação, agentes da Especializada interceptaram um caminhão que transportaria a droga sob uma carga de ração.
O caminhão foi localizado pela equipe no interior de um barracão, preparado para transportar o ilícito, consolidando as evidências contra o grupo. A operação culminou na prisão de cinco indivíduos envolvidos diretamente no transporte e logística do entorpecente, entre eles o motorista do caminhão e seus batedores, que foram encontrados com o apoio da PRF (Polícia Rodoviária Federal).
Esses eventos foram fundamentais para consolidar as provas que permitiram o avanço das investigações e a ação de hoje. Além das ordens judicais de prisão, os policiais cumpriram dois de busca em três endereços vinculados à quadrilha e apreenderam cinco aparelhos celulares, que serão de extrema importância para aprofundar as investigações, além de dois veículos supostamente utilizados no transporte das cargas ilícitas.
Saiba mais
O nome "Psicultrópicos" é derivado da fusão das palavras "piscicultura" e "psicotrópicos", refletindo a estratégia criminosa de ocultar drogas em cargas de ração para criação de peixes, facilitando o envio dos entorpecentes para outros estados sem levantar suspeitas.
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